Saneamento: Corrupção Nunca Mais
Boa parte dos “esquemas” de corrupção envolvendo a Odebrecht está ligada ao setor de saneamento e à compra de Deputados, Prefeitos e Governadores em troca da exploração do serviço. O braço da empresa nesta área, a Odebrecht ambiental, tornou-se tão vulnerável e desacreditado a partir das delações tornadas públicas, que teve que ser vendido para a Brookfield (http://www.istoedinheiro.com.br/odebrecht-conclui-venda-de-braco-ambiental-para-canadense-brookfield-por-r-29-bilhoes/), uma arapuca canadense criada para esses fins.
A nuvem podre que paira sobre a Odebrecht ambiental, no entanto, ao que parece, não foi percebida ainda pelos integrantes do poder judiciário. Mesmo que o processo de privatização do setor de saneamento esteja mergulhado num oceano pútrido e eivado de evidências corruptivas, o judiciário ainda trata das questões relativas a essas privatizações como se fossem processos normais. Não são, definitivamente. São processos obscuros, nauseabundos e lamentáveis. Antirrepublicanos, como alguns juristas gostam de dizer. São o suprassumo da corrupção, em um país onde dirigentes cultuam a ladroagem em larga escala.
Exatamente por saber-se de tudo isso, torna-se importantíssima a posição da PGR, proferida pelo Procurador chefe Rodrigo Janot, em relação à inconstitucionalidade da privatização da Cedae, pelo menos da forma como foi proposta pelos poderosos do Rio de janeiro.
O Parecer de Janot foi iminentemente técnico. Não se pode vender ativos para pagar custeio e pronto. É o que determina a constituição do Brasil. Agora a ADIN proposta pela ASEAC, Associação de Empregados de Nível Universitário da Cedae, e apresentada por REDE e PSOL, segue agora para o STF, tendo o Ministro Barroso como relator.
A expectativa é que a ocasião possibilite, no plenário do STF, se for ocaso, um debate sobre o setor de saneamento para além da questão jurídica. Algo que aprofunde a natureza e a função social do saneamento, seu aspecto econômico e sua capacidade de gerar desenvolvimento real. Todos esses aspectos são importantíssimos.
O mais importante de tudo, no entanto, é que se denunciem as mazelas, as mutretas e as negociatas feitas nos últimos anos em nome do saneamento. Até para que possamos abolir a ideia de que o setor deve servir apenas como trampolim e fábrica de dinheiro para corruptos. Precisamos dizer ao mundo que essa gente trata o Brasil como um mero balcão de negócios.
Se conseguirmos fazer um debate sério o saneamento voltará em breve a cumprir o papel de tornar são o ambiente habitado por nossos cidadãos, principalmente nossas crianças.
Universalização, sim. Corrupção nunca mais.
Vicente Portella
Presidente da APS, Associação dos Profissionais em Saneamento
Do jeito que vai não tem dinheiro que chegue aos cofres do Brasil, depois acusam os aposentados, o Salário Mínimo. Mas a cupa é dos políticos que acabam se corrompendo.
Esses políticos são safados, e depois eles tentam colocar culpas no povo, mas na verdade o Brasil foi tão roubado que eles estão aumentando o preço de tudo para tentar recuperar o dinheiro corrompido.
Até quando nosso país vai sofrer as mãos desses políticos ?
cada vez mais o país vai se afundando .