Os vendilhões da pátria e os desafios da Cedae
Mais uma vez os vendilhões da pátria escolhem a Cedae como alvo de sua ganância. Querem a todo custo transformar a Cia em um negócio de bilhões para alguns poucos e, em consequência, mergulhar o Rio de Janeiro em um caos sanitário.
A mídia, porta voz oficial do mercado e dos negócios escusos, bafeja desesperada e ataca em todas as frentes, pesando a mão na tentativa de perpetrar o negócio do século, que certamente renderia muito dinheiro para todos os envolvidos em troca das vidas humanas que seriam expostas a toda sorte de doenças no pós privatização.
O mercado não visa universalização, saúde, qualidade de vida nem qualquer outro benefício para a população, visa apenas o lucro. Mesmo que seja ao custo de cadáveres.
O saneamento, a rigor, nunca foi um negócio, mas nesses tempos bicudos e neoliberais o único objetivo é a tomada do poder público pelo mercado e o acúmulo de dinheiro nas mãos de cada vez menos pessoas em detrimento dos interesses gerais da própria sociedade.
O novo governador vem sendo pressionado por todos os endinheirados do país para vender a única grande ferramenta de promoção de saúde pública do Estado do Rio de Janeiro, a Cedae. E nós, como cidadãos e profissionais do saneamento estamos resistindo com todas as forças da sensatez.
Temos como aliados a população do Rio de Janeiro, as entidades sindicais, as instituições representativas da sociedade e a ALERJ, em boa parte.
A maioria dos Deputados Estaduais, incluindo as principais lideranças da casa, têm plena consciência da temeridade que seria a privatização da Cedae e a gestão da água sob a ótica do lucro.
Paralelamente, a Cedae, ainda pública, conta com uma nova Diretoria em sua maioria composta por técnicos da casa, quadros experientes, competentes e comprometidos com a causa da Cedae pública, sob a liderança do engenheiro Edes Fernandes, um companheiro pra lá de qualificado para a tarefa de gerir a Cedae, maior fábrica de saúde do Estado do Rio de Janeiro e uma das maiores do Brasil.
Contará certamente com toda a nossa colaboração. Estaremos de pé e à ordem na luta pela manutenção da Cedae pública e sempre dispostos a colaborar no que for necessário para que a nova administração obtenha êxito.
A Cedae pertence ao povo do Rio de Janeiro e existe para servi-lo.
Os vendilhões da pátria serão mais uma vez expulsos e nós, profissionais de saneamento, continuaremos levando a pré saúde para população do nosso Estado, na Baixada, nas comunidades, na Região metropolitana como um todo, no interior do Estado e onde mais for necessário.
A Cedae é de todos nós. E continuará sendo.
Vicente Portella
Presidente da APS